Como levar cachorro para Europa? Essa é a pergunta de muitos tutores que querem mudar de país ou até mesmo ter uma viagem de respeito com o seu melhor amigo de quatro patas.
Quando falamos em viagens internacionais ou até mesmo na mudança de endereço, é difícil não pensar em como levar os nossos amigos para prestigiarem junto conosco esses momentos tão especiais em nossas vidas.
Donos de um amor imensurável e responsáveis por quebrar qualquer fronteira, os cães acompanham os seus donos em todas as circunstâncias e situações, de forma que não é raro ver até moradores de rua com os seus fiéis amigos peludos.
Seja sem raça definida ou de raça, pequeno ou grande, magrinho ou gordinho, não importa: quando falamos em amor e companheirismo, eles são todos iguais, já que irão seguir onde for, literalmente.
Quem nunca foi ao banheiro e escutou o barulho das patinhas do pet no chão logo atrás?
Seja por necessidade ou escolha, morar ou passar um tempo na Europa é uma grande decisão e, infelizmente, algumas vezes pode ser marcada por escolhas tristes, como deixar algum familiar para trás ou até mesmo o pet.
No entanto, nem tudo está perdido. De alguns anos para cá ficou mais fácil levar os seus bichinhos no avião, tanto para dar uma viagem como para mudar de endereço sem tempo determinado.
Mas como você deve imaginar, não é tão simples assim, de forma que não basta pegar seu pet e colocá-lo dentro de uma cabine de avião e esperar a decolagem.
Se você está curioso ou pretende saber mais sobre como conseguir essa viagem com o seu peludo, saiba que é preciso entender antes todas as orientações do país e da companhia aérea responsável pela viagem.
Quando falamos em como levar cachorro para Europa, uma das principais dúvidas é se existe alguma restrição quanto ao tamanho do bichinho ou a sua raça, idade e demais características.
A verdade é que qualquer pet saudável e com os documentos e vacinas em dia pode se aventurar a ir para a Europa, desde que estejam nas caixinhas de transporte corretas. Veja algumas medidas usadas nas principais linhas aéreas brasileiras:
Cães de até sete quilos podem viajar junto de seus tutores dentro da cabine, desde que a caixinha de transporte tenha no máximo 20 cm de altura, 31,5 cm de largura e 43 cm de comprimento.
Já os pets maiores viajam em outro compartimento da aeronave, geralmente no bagageiro, em uma área separada para terem mais conforto. Nesses casos, as medidas mudam de forma que o limite é 82 cm de altura, 114 cm de largura e 142 cm de comprimento.
E aí, que tal se aprofundar nesse tema e descobrir de uma vez por todas como levar cachorro para Europa?
Continue por aqui e consiga mais informações sobre esse tipo de viagem e saiba o que não pode faltar para dar tudo certo nesse momento.
Passos para entender como levar cachorro para Europa
Veja a seguir uma lista do que é obrigatório antes de tomar qualquer decisão e comprar as suas passagens.
Microchip
Por questões de segurança, o seu pet precisa estar com um microchip que atenda às normas internacionais ISO 11784 e ISO 11785. Além disso, precisa ter data, assinatura de um veterinário e carimbo.
Se o seu pet ainda não possui um, existem diferentes locais no Brasil que realizam o procedimento que, apesar de parecer doloroso para alguns tutores, dura apenas alguns segundos e torna o pet mais seguro e difícil de ser perdido.
Depois do microchip colocado, é hora de cadastrá-lo e colocar todos os dados do pet e os seus também.
Vacina de raiva
Mesmo para os pets caseiros, a vacina da raiva estar em dia é indispensável e o resto do mundo também pensa assim, ainda mais em viagens onde centenas de pessoas estarão em um mesmo ambiente durante algumas horas.
É importante que a vacina esteja em dia, de acordo com as datas das últimas vacinações, além de ser facilmente comprovada com a carteira de vacinação do seu peludo.
Sorologia antirrábica
Pelo menos 30 dias após a vacina antirrábica ter sido dada ao pet, é preciso realizar o exame que comprove que os anticorpos estão trabalhando corretamente e o seu melhor amigo está mais do que longe dessa triste doença.
Com uma pequena amostra de sangue, o veterinário conseguirá atestar se o pet está com a vacina “ativa” ou se não, ao passo que também testa se o pet está com a doença. É preciso enviar a amostra para um laboratório credenciado.
Agendar CVI
Depois dessas etapas, é preciso levar esses documentos para a Vigilância Agropecuária Internacional, a Vigiagro, para que eles possam permitir o deslocamento do seu pet.
Você precisa entrar em contato com eles e agendar a entrevista para a emissão do Certificado Veterinário Internacional (CVI), documento obrigatório que comprova a condição sanitária ideal para o pet viajar.
Certificado de saúde
Pelo menos três dias antes do seu agendamento com a Vigiagro, você precisa ir ao veterinário do seu pet, para que ele possa emitir o certificado de saúde do seu bichinho, para certificar que ele possui todas as condições propícias para voar com você.
É muito importante que ele tenha experiência nesse tipo de trâmite, para que você não perca tempo e nem dinheiro nessa burocracia toda. O modelo de atestado precisa seguir esse padrão.
Emitir o CVI
Depois de tudo isso, é só alegria! Com o certificado de saúde, as vacinas em dia, a sorologia negativa para raiva e o pet em ótimas condições para ir para a Europa, é hora de agendar e emitir o CVI.
A tendência é que com os documentos em mãos e as informações corretas, a emissão do CVI seja simples e não cause grandes desafios.
Ah, não se esqueça: esse documento tem validade e é preciso se atentar a isso para não voltar lá para a estaca zero.
O certificado tem validade de apenas 10 dias, que constam do dia da sua emissão pelo oficial do ministério da agricultura.
Exceções
Dependendo do país em que você deseja visitar com o seu melhor amigo, é necessário algumas vacinas ou documentos a mais. Confira:
Finlândia, Malta e Reino Unido: pelo menos 24 horas antes de adentrar esses países, os pets precisam passar pelo tratamento preventivo de Echinococcus multilocularis, uma doença comum em áreas onde há criação de ovelhas.
Portugal: pets considerados potencialmente perigosos pelo país devem entrar apenas se o tutor assinar um termo de responsabilidade. Ah, se ficarem mais do que quatro meses no país, precisam ser castrados.
Confira as raças que precisam desse documento: Fila Brasileiro, Dogo Argentino, Pit Bull Terrier, Rottweiller, American Staffordshire Terrier, Staffordshire Bull Terrier e Tosa Inu.
Demais países e suas exceções: dependendo do país presente na União Européia, é preciso agendar uma entrevista com um dos agentes do país, que estarão no aeroporto esperando pela chegada do pet.
Eles irão atestar a veracidade dos documentos e comprovar a microchipagem, dentre outros dados.
E aí, pronto para levar o seu cachorro para Europa? Aproveite e fique atento a todos esses pontos.
Por falar nisso, que tal ler também sobre se o pet pode ficar embaixo do ar condicionado, que inclusive é presente nos aviões.